Não!!! Eu é que quero a minha mãe...

Começar por onde?!
Não há ponta por onde se lhe pegue.
Estou a falar do jantar de ontem, cá em casa com a Manela Gosma e o seu mais que tudo, claro.
Jantar... chegaram há hora do lanche (espertos!), apitaram, tal VIP'S, sem saber onde estacionar a carripana (a rua estava vazia, era tudo por conta deles). Em cima do passeio, disse eu. Qual quê? os pneus já não aguentam um esforço desses, e então toca a parar o carro a dois metros do passeio. Espero que os vizinhos não tenham dado por isso... porque ainda entraram novamente no carro para repetir a proeza de estacionar "razoavelmente". Gandas nabos.
O cão, assim que deu de caras com a Gosma, alas p'ra que te quero!
Cheia de sacos, daqueles que deram no Rock In Rio, de borla e com aqueles lanchinhos que costumam dar nas festas dos miúdos, uma bebida e um doce. Nos dela, havia uma coisa interessante em cada um: sabonetes e tomates!
Os tomates, encarcolhidos e de fraca figura coitados, nunca deviam ter saído do sitio de onde vieram... os sabonetes não percebo, mas devem ter sido presente de algum concurso de praia, desses que estão na moda.
E trazia um livro, velho como os trapos, de lombada rematada a fita-cola e páginas amarelas e cheiro a mofo. Mas para que é isto? É para leres... eu gostei muito. Uma razão mais que válida para eu não lhe tocar, não lhes parece? ainda por cima um livro de um autor que não escreveu mais nada que aquilo, e ninguém sabe quem é... boa!

Apartir daqui, vou resumir ao máximo para as poupar ás tristezas que todas bem conhecemos:
O chefe da casa chegou depois das visitas, afinal era o único que já não está de férias. Com o cansaço nem sei como os aturou até ás tantas da manhã (sim, até ás tantas! pensei que também queriam o pequeno almoço antes de se pirarem). A Gosma desfalcou-me a dispensa, o frigorífico e até o saco da ração do pobre Luka... pensei que até ás hortenses ela se ia atirar, mas essas escaparam. E quem foi que disse que ela é abstémia? uma gaita, bebeu tintol. E palavra que isto é sério: os copos necessários para medir talvez meia garrafita. Isto por baixo.
Mas, perdida por cem perdida por mil, e já que a dieta tinha sido esquecida, foi-se a todos os doces. A rapariga, que nem é gulosa(?)...
Já de barriguinha bem aconchegada ( bem farta, quero dizer), lembra-se de chatear o cão, que é um doce mas não a grama nem por nada. E chateou-o tanto que ele lhe virou o rabo e até amanhã. Por esta altura já as crianças estavam na cama e ela sem jeitos de regressar a casa, falava pelos cotovelos (mais ainda do que é hábito, afinal o vinho também tem voz!).
Coitado do Gosmo, deve estar com os braços negros de tanta cacetada que levou a meio da conversa. Sim, que para além de falar também gesticula e vai dando umas pancadas aqui e ali de quem tem o desprazer de estar por perto.
Depois de centenas de bocejos, de milhares de reclamações dela, por tudo e por nada, e vendo eu que não havia resolução á vista aticei-lhe o cão. Foi trigo limpo farinha amparo, despediu-se em três tempos e zarpou sei lá para onde... nem quero saber.
Por aqui já não está, yyyyyyyyyyyupi!

Ahhhhhhhhhh, claro que ainda houve aquelas cena das fotos e tal, o momento de maior tensão de cada encontro. As fotos ficam sempre uma verdadeira porcaria (desculpa Paulo).

E com isto me vou. Esperando sinceramente não ter que a aturar nos próximos tempos, senão irei pensar seriamente em emigrar...

Bjos a todas