sábado, março 07, 2009





"É possível descobrir mais sobre uma pessoa numa hora de brincadeira do que num ano de conversa."

(Platão)

10 comentários:

Simplesmente Maria disse...

Platão lá teria a sua razão para formular tal afirmação, contudo penso que é algo redutor, pois numa hora de brincadeira pode existir muita encenação e pouco de verdade. Tudo depende do\s nosso\s interlocutor\es.

Temos de ter em consideração o contexto em que Platão viveu e o que seria considerado por brincadeira na Grécia Antiga.

A sociedade actual, em especial a urbana, está muito desligada de determinados tipos de valores,com núcleos familiares reduzidos, posturas individualistas agressivas e altamente competitivas, onde cada passo ou movimento tende a ser previamente planeado.

Acho que é nos actos \ resposta perante determinadas situações que podemos determinar ou vislumbrar um pouco do verdadeiro Eu que está por detrás da capa.

Ou temos outra alternativa: In Vino Veritas

O Vino (alcool)tem a faculdade provocar uma baixa das nossas guardas e defesas, de forma inconsciente, libertando o nosso anjo ou o demónio interno. Este elemento era uma constante nas folias da Grécia Antiga.

Resumindo, a mente humana é muito mais complexa para se deixar abrir e dar a conhecer em meras brincadeiras (inteligência racional) mas pode ajudar a libertar algo de nós (inteligência sentimental)

Depende sempre de quem temos pela frente.

Beijo

IsaLenca disse...

Muita razão tem Platão.

Já dizia Carlos Drummond de Andrade que "Brincar não é perder tempo, é ganhá-lo. É triste ter meninos sem escola, mas mais triste é vê-los enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação humana".
E é mesmo verdade: uma educação de boa qualidade não pode negligenciar o brincar.

Pena é que agora há pouco tempo para o fazer e há quem ache o brincar uma perda de tempo. E eu acho que devemos brincar em qualquer idade.

Bjs

Mimas disse...

Pois é.

Bjcs grandes.

Simplesmente "Jaquim" disse...

- Aquele que, ao longo de todo o dia é: activo como uma abelha, forte como um touro, trabalha que nem um cavalo, e que ao fim da tarde se sente cansado que nem um cão... deveria consultar em veterinário.É bem provavél que seja um grande burro!

Fui!!
Jaquim

Sol no Coração disse...

Olá Cris J,
passei para deixar beijocas e já me ri,heheheh:0))))
Beijinhos.
Ps-um destes dias, faço-vos uma visita a Rio-Maior;0)
Boa semana.

Cristina J. disse...

Lia, podes pensar em visitar-nos no dia 4 de Abril... dia de estreia!

Irias encontrar muitas amigas do coração e estarias connosco nesta aventura.

Bjinhos

Simplesmente Maria disse...

Cara Isalenca e Jaquim a citação de Platão tem de ser lida e entendida no contexto do período histórico em que foi proferida, pode, como acontece com outros grandes pensadores, ser uma verdade imtemporal.

Contudo se bem que a brincadeira pode revelar algo da essência do ser, não é de todo o melhor instrumento para encontrar o verdadeiro eu atrás da máscara.

É sobejamente conhecido e reconhecido o papel que a brincadeira possui como meio de desenvolvimento psico-motor e intelectual da criança, como forma de aprendizagem e socialização.

Cada vez mais cedo a ciança é estimulada com jogos e interação, mas conforme vão crescendo vão-se virando para as consolas e deixam a bricadeira intergrupo, vão-se isolando, interagindo mais com os outros por meio electrónico.

Quanto a gostar de brincar, faz parte da nossa natureza, como da de todos os seres deste planeta, como forma de aprendizagem e até de obtenção do seu estatuto dentro do grupo onde se insere.

Não sei em que meio vivem, eu, felizmente não conheço ninguém que não goste de brincar, mesmo no local de trabalho, como forma de descompressão e libertação do stress que se vai acumulando ao longo do dia.

Continuo a achar que não é apenas com brincadeira que se chega a conhecer alguém, em especial seres tão complexos como é o humano.

Anónimo disse...

:))) Pois é, Cristininha. Tenho adorado os nossos domingos e as nossas viagens de carro em que falamos sobre tudo e mais alguma coisa. Rimos, emocionamo-nos, espantamo-nos... tanta coisa boa! :) Um beijo grande e obrigada por me deixares entrar na tua vida assim de portas abertas.

Tony Madureira disse...

Olá,

Grande verdade!!

bjs

Simplesmente Maria disse...

"O valor de todo o conhecimento está no seu vínculo com as nossas necessidades, aspirações e acções; de outra forma, o conhecimento torna-se um simples lastro de memória, capaz apenas - como um navio que navega com demasiado peso - de diminuir a oscilação da vida quotidiana"

V. Kliutchevski